sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sinto raiva de tudo, de mim, dos outros...È como se eu tivesse em um bombardeio, e o principal alvo fosse eu, e para mim me reservaria o castigo de viver, de amar, de conviver com pessoas que tem em suas cabeças ideais capitalistas, que se preocupam em comprar amor e não em senti-lo.Parece-me que tenho um magnetismo para todos cuspiram em minha direção, e que eu sou a excessão e que mereço sofrer essa coersão social tão conspiradora, venenosa.Sou uma vítima, tanto de ações, de paixões e dessas amizades fracassadas e das que eu perdi e sofri.Sou culpada apenas por meus pensamentos, pelo meu veneno interno que me faz destacar o que é de ruim e sofrer por antecipação e por não saber me vingar.Não posso viver a esmo, mas não sirvo também para essa sociedade hipocrita.Se voce se esforça, será criticado por aqueles que não tem a sua coragem, se voce não se esforça será criticado pela outra massa, onde esta a paz e o respeito que mereçemos, essa é a vida que queremos? ISSO É SER CIVILIZADO? ter preconceito e enxergar os defeitos, é ser civilizado? preferia viver em uma selva, caçar, beber agua do rio e ser feliz.Essa pressão se eternizou, nascemos para descubrirmos que seremos infelizes até morrer.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

QUERO SORTE
amor, uma companhia.

Que mundo é esse?

O que pensam de você? O que vêem em você? Perguntei-me isso varias vezes hoje. Todos os dias vemos nossa cidade com um olhar vazio. De fato, não a olhamos, passamos vários e vários dias fazendo o mesmo percurso que nem nos damos conta de qual percurso é. Se há flores, árvores, não olhamos céu, pessoas, natureza nem o tempo. Podem não acreditar, mas não vemos o tempo, não nos damos conta de que perdemos mais tempo não vendo, que se observássemos as coisas, realmente.
Na verdade, andam surgindo páginas do meu livro que não costumavam aparecer. São parágrafos novos, os quais por mera ilusão [ou desilusão], não conseguia lê-las antes. Já foram vistas coisas bizarras, como um bêbado, daqueles que andam em ziguezague, falam enrolado e tudo o que torna um bêbado de rua não muito “apresentável”, eis que esse bêbado em questão pediu desculpas por intervir numa conversa particular e continuou andando rápida e tropegamente, alguns metros adiante iniciou uma música inédita: Faroeste Caboclo – Legião Urbana, cantava como se houvesse um karaokê na sua frente com a música e a letra rodando. Não que seja impossível, mas “Faroeste Caboclo” está longe de ser uma composição simples de se cantar, haja memória pra saber a letra décor.. Enfim, foi algo como um sinal. E o melhor trecho da musica me veio como uma pancada na cabeça: Sentia mesmo que era mesmo diferente/ Sentia que aquilo ali não era o seu lugar.
E nessa pancada, ganhei meu momento de paz.
Quis entender um pouco a realidade dessa vida. Nossa cidade sofre de preconceito, sabiam? Um pavor a pessoas diferentes. Um desrespeito entre negros e brancos, olhos tropicais e siberianos, homens e mulheres, idosos e adolescentes. É algo repugnante.
Nesses labirintos de ruazinhas paralelas, casas iguais, pessoas a esmo, ali, você é o ET. Quando você entra no mundo deles, você deve entrar preparado pra ser olhado, e olhado mesmo. Dos pés a cabeça, com direito de umas voltinhas por perto de você para certificar que você não é ameaça. Ainda mais – dizendo um português claro e direto – quando você é branco, de olhos claros e com um vestuário diferente. São desde crianças sujas de areia à idosos na calçada fumando, encarando, verificando, perguntando “o que esse playboyzinho está fazendo aqui? Quem ele pensa que é?”.
É de se assustar. Caso você pare numa esquina, para se defender do sol, numa pequena sombra, e pára ali, tentando não olhar pra tudo e todos, mas não consegue. Passarão varias pessoas. Passará uma moto com um cara de olhar mortiço e voz de matador, que irá entrar numa casa próxima do lugar onde você parou. E esse cara, cumprimentará um garoto (cuja mãe está correndo atrás dele para bater nele caso ele não devolva um papel, suposto bilhete, para a irmã mais nova que está também correndo atrás dele chorando e dispondo aos nossos ouvidos grandes e chulos palavrões), perguntando pelo irmão que está preso. O garoto, de uns 15 anos no máximo, responderá normalmente que o irmão logo voltará pra casa, e o cara pede para se acontecer algo, o irmão presidiário ir lhe fazer uma visita que ele dará um jeito na situação. Pede pro garoto também avisar o irmão que fique um pouco quieto, para dar uma acalmada na cidade.
SIM, é assustador. Você, ali, na frente de duas pessoas que nunca viu antes, recebendo tapas na cara que te dizem “sai daqui. Você não é daqui e não tem que entrar aqui. Esse é nosso território. Você vai se dar mal se continuar aqui”.
Claro, mais do que tarde, dar no pé é a solução. Mas quem disse que labirintos saem fácil da sua mente? Não, algo fica no ar, fica ali, vagando para quem quiser ouvir um sussurro de desespero; um pedido sufocado pela grande ironia em que vivemos. Um pedido de ajuda, implorando pra voltarem os hippies, voltarem às idéias de “Power and Flowers”, voltar ao “Peace and Love”.
Humanos banalizados talvez? Alienados? Pessoas estão a esmo por aí, o amor virou erro de produção, um defeito de fabricação. Onde esconderam os hippies? Seres humanos que não sentem, não enxergam, não comem, não vivem, não beijam, não amam; seres irracionais, coisas. A evolução, o séc. XXI nos trouxe uma cobertura, algo que nos encobre da realidade verdadeira – porque ela, nua e crua, ninguém aceita ver -, nos tornamos coisas que produzem e criam coisinhas e coisinhas para evoluir ainda mais a “coisificação” do ser humano. Nossa vida está falsamente escrita na Caras, um amor dura o que? Uma ou duas edições da revista? Que tipo de amor é esse que temos hoje? Não há aquele romantismo careta, aquela coisa antiga e brega que havia antes. Declarações, namorinhos, mãos dadas, o amor platônico faleceu. Pêsames.
Talvez se tivéssemos fé... Mas, afinal, o que é fé? Fé é religião, crença, positividade? Pensando bem, acredito que fé seja algo relativo e intimo de cada ser em questão. Concretamente, é apenas uma palavra a mais no nosso vocabulário febril. Fé, santos, milagres, anjos, rezas, orações, são apenas palavras que criam falsas ideologias para cada ser comum.
Seja lá quem foi que inventou os sinônimos, eis uma palavra que integra todas as outras ditas acima, a verdade é uma só: nós, seres humanos, precisamos nos prender a algo para viver, precisamos acreditar que ajam milagres, que nossas rezas e orações aos santos vão nos proporcionar tudo o que queremos. É como um truque para viver acreditando que sempre haverá um final feliz. Mera ilusão, ou não.
Todos nós usamos sinônimos diferentes para nossas utopias de vida, precisamos disso para conseguir sair de casa e enfrentar um dia inteiro no meio de tantas outras almas supostamente diferentes. Porem, se nos conhecêssemos profundamente, cada um a si, não necessitaríamos desses sinônimos, pois descobriríamos a verdade do mundo e então, não haveria mais desigualdade, desarmonia, falta de compaixão e amor ao próximo. Entenderíamos que todos formamos um único ser, uma única mente, um único ritmo.



Esse texto foi escrito por uma pessoa muito especial, diga-se de passagem, alguém que me ajudou, me aconselhou, me acolheu e me deu muito amor.
Uma amiga confidente que sentava ao meu lado nas aulas de historia, e caçava as palavras mais originais para nos afundarmos em textos muito mais inéditos que esse...
Sinto sua falta, das nossas 'besteiras' que concluimos sozinhas, dos nossos sonhos, dos nossos amores que por sinal tem algo em comum...
Enfim, gostaria de fazer uma declaração de amizade muito maior que essa, porém, tenho que sair. PS: te vi hoje, e voce sumiu? ):

Valeu a pena, nossa fase juntas.Minha memoria nunca falhará, quando eu e o Henrique te insultavamos, hahhahahahhaha..
Te amo juliana *-*

domingo, 24 de maio de 2009

Minha trilha sonora fugiu para dentro do carro
no caminho vi um homem sem braço, depois um velho ex namorado
olhei para mim, dentro, me vi sem coração...
as vezes, feliz, por não ser como todos;
talvez triste por viver nessa lavanca de desilusão...
se alguém soubesse o que eu sinto, me acolheria.

domingo, 17 de maio de 2009

vislumbrar meus desajustes me torna ávida?


O meu descaso, trás canseira. A canseira de não ter o porquê de se cansar, ou por quem. O descaso de ser cansado pela mesmice dos dias, e não pelo apavorante leque de emoções que eu desejaria que me sucedesse, que viesse me acompanhar. Minha ironia é dizer que, o que torna meu dia agitado é minha nostalgia: inquieta, provocante.
Como se os meses fossem dominós que eu mato com espontaneidade, como se as semanas fossem as formigas insignificantes que passam por mim sem serem vistas ou visitadas.
Se eu disser que meu silêncio é perpétuo é mentira, de modo que, de tão gritante que ele se faz, torna-se uma sinfonia no meu ouvido, um alarme indicando que não estou sozinha: estou somente eu, meus pedaços, e o alarme autêntico confirmando minha solidão, meu espaço moldado para poucos.
Em conseqüência, da minha suposta revolta, do meu desafeto com essas horas petulantes, com esses minutos de agressividade que eu acompanho com os olhos, com o tato, eu redijo uma prova do meu descontentamento.
Não sei mais por onde ir, porém algo me impede de ficar imóvel. E em meio desse meu desalento de me mover e nunca chegar a um destino promissor, minha saída é respirar fundo como se eu novamente puxasse todo o ar resultante do mundo e me obrigasse a voltar à caminhada turva.
Vivo sem veemência, não encontro termos que me justifiquem. Meu subterfúgio predileto é culpar os outros, as oportunidades, a sorte...
Não sou capaz de escrever mais sobre mim, tudo é escasso: as ideias, os termos, a competência.
A impressão que tenho é que minha carência e minha querida solidão fizeram um pacto indestrutível contra mim, para que eu morra só com esse pouco de mim, porque eu não decido por qual dos meus pedaços de mim mesma, vou dar a responsabilidade de administrar minhas outras metades. Sou um copo quebrado, mesmo que juntem meus cacos, não me obterão porque cada pessoa que surge na minha caminhada, leva um pequeno caco consigo.
Porque, eu escapei dessa realidade tão forjada, desse realismo tão hipócrita, dessa parte do mundo que quer viver intensamente, mas se esquece de olhar para dentro de si e não é capaz de recolher a sujeira que produz ou que provoca dos outros.
Eu sofro abalos sísmicos, porque meus pedaços se chocam mutuamente e então eu tenho motivos para jorrar algumas amargas lágrimas, comprimidas e danificadas.
Parece que cada pedaço é mais forte que os pedaços juntos, como se cada parte anulasse a outra, como se eu provocasse minhas brigas intimas, como se eu fosse culpada por tudo que eu escrevo aqui, só porque parei para repensar nas minhas divisões, e nos meus supostos erros, e nas minhas supostas agonias e aflições. Constantes, inábeis, equivocadas.

sábado, 16 de maio de 2009

Incrível

Entre tantos conflitos, amores mal projetados, ludibrificações; me custa encontrar-me.
Alguns sofrem por ter que escolher, porém, existe outros que sofrem também; certa vez por não ter quem escolher.
Alguns sucumbem e se modelam na forma da carência; mas como para tudo existe o lado mais altivo, esses lutam para não cairem nesse caminho seco. Acredito eu, que quem move os carentes é a aura do amor.
Quem ama, esta a mercê, de cair na boca do abismo camuflado dentro de si; o abismo não é subterfugio da carência, é apenas mais uma de suas faces transcedentes.
E assim, sucessivamente, os dias passam para aqueles que sabem amar, e para os que tentam, mas não conseguem.
De modo que, o buraco que o amor cavuca, arromba até os humanos mais estoícos.

por mim.

domingo, 10 de maio de 2009

meu presente é assustador, minha fantasia não é fantastica;
enfim, parabéns a todas as mães, hoje especialmente não estou sentimental para escrever uma homenagem, mas já escrevi tantas.
não sou assim fria, nem trágica: tento ter meus pés grudados nesse chão imundo.
o fato de eu não ser uma pessoa tão amável assim, não anula minha capacidade de amar. tem sindo esse meu lema..


não sou triste
não sou contente
suponho que indiferente
as vezes um pouco mais descontente...
outras no entando, só diferente
de sombras e corações
não me permito desejar
nem exagerar
as penumbras invasivas
me acolhem mas a
fatalidade me afasta.

sábado, 9 de maio de 2009


Uma parte do meu corpo atormenta minha alma, são sinceros ,ao mesmo tempo, me maltratam.Dois buracos fundos cavucados em minha face: ardentes, angustiados, compulsivos. Refletem o tempo todo abstrações mas vivem numa oceania cinza e nostalgica.Nomei-os de incognitas postiças de cor esperança, que ameaçam o tempo todo, porém com mais intensidade que o mundo escasso e vulgar das palavras.Ora são adocicados por estórias fantasticas, ora amargos devido aos próprios fatos que ditam uma nada atraente trajetória.As retinas se cansam, por vez descansam, e é prazeroso as abordar em sonos profundos. Prefiro-os, são bem mais expressivos...Tudo o que eles viram, eu registrei com convicção, e meu coração bate descontente por não saber se livrar desses malditos registros. Lamento por minha vida não ser um desses sangrentos filmes de terror, porque assistindo eu tampo-os, e de nada me recordo.

domingo, 3 de maio de 2009

significar


Minhas expectativas são sinal de frustração, e foi assim sempre, desde do dia que a fonte secou.
Todas as direções se confundiram, e meu horizonte se iluminou do que eu não conheço me impossibilitando de chegar ao meu ponto de partida; e ainda existe esse grito de largada tilintando meus ouvidos.
Fiquei.
Nessa partida fui a convidada que não participou, aquela que perdeu sem lutar, a candidata omissa e sem classificação; minhas expectativas me embriagaram de esperanças falsas, minha vida arrombada procura becos e bêbada de falsidade não encontra nem chão.
Meus pensamentos são perpétuos e minhas vontades insaciáveis, futuro?

sábado, 2 de maio de 2009

eu sei que ainda existe vestigios...
a imagem composta cheia de vapor se forma no ar, como nuvéns de espanto, e de ...
como agir, como sentir, como palpitar?
memórias são sempre desmentidas com um presente mal sucedido, eu não sei porque tudo é assim.


hoje vou no show do fresno! :)