sexta-feira, 26 de junho de 2009

detesto sentir insegurança
detesto mentiras abreviadas,
...
QUERO INSPIRAÇÃO
chega dessas conspirações compulsorias
Porque você volta em direção á minha mente obliqua?
Porque você volta a música no ínicio, mas, não me concede uma dança?
Minha tristeza soa como os sinos da igreja, martelam dias avisando que existe Deus, que ainda existe em mim amor.
Seus rastros me tornam maluca, apezar da gentileza de esconde-los debaixo desse tapete: este vermelho, denso, incessante...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

ALUSÃO

solicite-me em seu convento
mas não afagues minha dor
em meu castelo não há remorcios:
...violentados, amadores, momentaneos.
prepondere-me nas visitas
jamais desista de meus erros
das minhas soluções mal empregadas
da vida de menina
das cutilas cutucadas.
vitupere-me na vida
apague meu ídilio
mas minhas verdades não confessadas
saiba que são, exotericas.
Só coloco pq eu sei que ngm lê HOAIHOAIHOA

segunda-feira, 15 de junho de 2009

não sei o meu papel
sou o quê? um ratinho de laboratorio, eu me sinto assim.
pequena, indefesa...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Para os céticos: por acaso.


Se sua presença suprimisse minha alma, eu suplicaria por ela.
Mas viver feliz não é bem assim, encontros e desencontros fugazes não me acolheram para sempre.
Meu amor tem um limite: o limite de não se esgotar, por esse tempo que passei na ponta de minha volúpias. Pela aura do amor que brinca com minhas angustias, que de forma ingrata me agrada.
Olhar para frente, seguir na contramão virou algo sardônico para mim, por mais que esteja sendo alimentada por delírios; o que me torna lúdica e confusa.
Se morar numa competição interior expirasse monotonia, estaria salva;
FELIZ DIA DOS NAMORADOS!
um dia desses vai ser feliz para mim também.

terça-feira, 2 de junho de 2009

faces e fases


O ar suportava um cheiro de terra molhada com sabor de ventania, gotinhas delicadas faziam o percurso no quintal e de forma prolixa enxergava as cores, os contrastes, os movimentos. Enquanto a chuva não crescia, minha agonia aumentava sem sentido. Um dia como aquele era ótimo para ficar parada de forma estática observando só os detalhes e a melancolia do céu cinza refletindo nas pequenas poças, porque se pensasse na vida e nas injustiças colaboraria muito com minhas outras angustias. O meu descaso trazia canseira. A canseira de não ter o porquê de se cansar, ou por quem. O descaso de ser cansada pela mesmice dos dias, e não pelo apavorante leque de emoções que eu desejava.
Os chuviscos insistiam em cair e o sol agradável obrigou-se a se esconder, a buzina do sorveteiro tilintava em meus ouvidos, formava-se uma sinfonia de grandes ilusões e como se fosse um alarme esse som não se desvairava. Meu desejo era que minha trilha de desencantos partisse ao meio e parasse de apontar que eu só encontraria minha felicidade sozinha, porque sozinha eu estava solitária demais.
Minhas lembranças se interceptavam com a chuva, avistei no jardim um casulo resistindo á aquelas gotas grossas. Em meio há tantos lapsos de memória fechei os olhos e busquei na minha mente episódios da infância; encontrei um dia que os contrastes eram parecidos, as janelas, a arvore e o quintal também, o detalhe é que eu diferenciava as datas, porque quem me habitava era um olhar inocente que quis salvar um galho que tinha uma borboleta na fase da crisálida e cuidar para que quando estivesse pronta á visse voar, retornando a liberdade e encontrando a felicidade. Senti pena e desconfiança: pena da lagartinha ficar encolhida dentro daquela casinha e desconfiança de que ela realmente estaria viva, imóvel e solitária em sua própria casca. Como poderia alguém sobreviver triste, sozinha e parada em si mesmo?
Se pudesse me transformar em uma borboleta teria um critério: pular essa fase, mas consequentemente ficaria sem asas, de modo que, parece que para ser feliz precisamos passar por processos tristes. Os seres humanos também passam por crisálidas; eu estou, por isso que tudo que insisto em fazer não acontece, porque no fundo estou presa porque eu aceitei me prender. Meus sorrisos forçados, minhas palavras obrigadas e minhas desculpas de mudança de humor são conseqüência, mas sei que se ainda não aprendi a sonhar é porque não estou pronta, as borboletas tem corpos leves e asas largas para poderem voar alto.
Mas naquele tarde ingênua de lembranças atenuadas um medo me dominou e rasgou meu brilho; o medo de não passar daquela fase, porque quando menina minha primeira impressão do mundo foi quando o casulo que cuidei se abriu, e a borboleta não voou porque estava morta.



mais um, para meu professor de redação.