Se eu tivesse o dom da palavra certamente me cansaria de tantos rascunhos, dessas ideias esculpidas em folhas velhas e rasgadas.
Se eu não tivesse ideias inúteis obviamente não escreveria em contextos ilogicos, a vida talvez seja esse jogo de possibilidades prováveis, esse andar entre poder ou não,essas palavras jogadas se desculpando por não serem as mais famosas.
Eu quero valorizar aquilo que não é visto como o melhor, e sim como digno;

a vida mutante contradiz o automatico.
O coração se comporta como aquelas massinhas de modelar, tentamos achar uma forma perfeita e depois esperar petrificar, são todos ruins, falsos...
Não aguento meus passos, passagem, paisagem.
de outono a outono
eu murcho, renasço, e arranco raízes que descubro espontaneamente, afinal, quem ser?