segunda-feira, 27 de abril de 2009


paro e olho.
o espaço que tenho, as palavras que disponho, e os velhos sentimentos que me seguem;
minha esperança é sinônimo de sono...
parece-me que a ansiedade e meu alto teor de pessimismo estão me sobrepondo, e isso não podia estar acontecendo.
minha ânsia por amor afasta-me do belo caminho, sou cupada e sei admitir.
respiro, flutuo, voô alto mas não encontro esse bendito chão que transforma meus sonhos em realidade, tudo me some.
sou fã agora de tudo que é concreto... adianta?
esperar; acabo esperando.
calar; acabo calando-me.
amar; acabo sem amor...

domingo, 26 de abril de 2009

ilusão pra mim é você.

o final eu já sabia, afinal eu o atraí.
nada de inédito, nada de especial, expectativas erradas.

ainda não terminou

sexta-feira, 24 de abril de 2009

amor humano

Denunciaria meus erros se fossem todos de meu conheçimento e se eu não tivesse a proeza de os camuflar com ações belas, não sentiria compaixão garanto.
Sei viver no meu próprio vácuo, mesmo pendurada entre essas mal vindas crises, terríveis, automaticas. Vivo por viver e não por uma digna opção, até hoje não me apresentaram.
Teria mil purpurinas engafilhadas sobre mim se fosse de teu agrado, mas seu agrado não atinge minha pobre compreensão, tão discreta que jura não existir, poupe-me.
estou a procura,minha arte se resumi ainda hoje em arte de caçar.
caçar os tesouros em mim, eu tenho um mapa.
minha receita é a seguinte: derreta.
derreta o amor, o ódio, a vida, e a saudade, na realidade, não sei onde chegar; mas chegadas são consequencia, então...


segunda-feira, 20 de abril de 2009

são tão indefinida.
me irrita, não tenho mais imaginação, e nem tempo.
existe um vazio corrupto dentro de mim, as vezes me acode, outras me sobrepõe.
tô irritada.

sábado, 18 de abril de 2009

passam os dias, escorregam as horas, o vento te trás e te leva.


é tarde para compreender.
mas, eu me lembro, um erro.
é tarde para compreender.
mas,eu acompanho a mesa, e não dou as cartas.

alta ansiedade

domingo, 12 de abril de 2009

Domingo de páscoa.

Eu volto, eu disse que voltava.
Você nunca disse, e nunca voltou.
Eu tive esperança, mas nunca esperei.
Eu sei sonhar mesmo com pesadelos.
A vida é um sonhar com alfinetadas picantes.
Escrevo agora com naturalidade
Meu foco não é a estética
Talvez seja entender porque usufruo tanto das minhas confusões
Talvez nem eu saiba, mas esteja tentando dividir as emoções que não tenho.
Quem me ajuda é a musica que ouço.
Quem me move é esse pequeno terço de luz
Minha modéstia fala
Está me pedindo um adeus
Mais não digo
Não existe hora
Eu nunca pronunciarei um adeus
Referindo-me talvez a você
Talvez me ame, ou lhe ame.
Talvez me engano,ou adoraria lhe enganar.

Eu tenho muito mais a falar.
Se eu fosse você e se tivesse oportunidade,
leria.
Porque afinal, meus pensamentos não são tão óbvios assim.
Guardei um pedaço de consciência
E eu não sei quem você é, entretanto...
Tenho meus delírios, e não os acho ridículos e absurdos.
Acho os até possíveis vivendo do impossível.
Não pense isso
não, gosto de me negar, não.
Eu rio dos meus pensamentos, e não me liberto escrevendo.
Se for isso que pensastes
Misturo pessoas.
De todos os graus, ainda não é empecilho.
Sou informal, sou muito mais do que sei.
Essa tentativa de tantos vocês.
De tantos apelos
Não é para você, esse você, agora não existe.
No começo sim, poderia ser um você.
Agora não.
você
São frases que eu não gostaria de deixar sem vocativo.
você
Não existe.
Não foi hoje que você fez parte do meu ápice.

sábado, 11 de abril de 2009


Tantas visões distintas, tantos amores correspondidos, tantas crises bem sucedidas...

essas visões, esses amores, essas crises, todas me ofuscam,me provocam,me atormentam.
não tenho brilho, não tenho mais as divinas atitudes, não uso objeto cortantes.
explodo,explodi e tenho muito mais a explodir, minha tendência é guardar ,entretanto, não sou previsivel.
Adiantando,ao contrário do que as pessoas pensam, eu não ando em círculos, não insisto na mesma tecla, não fico sempre no mesmo foco: só estou aqui, porque são minhas conclusões que me pedem desesperadamente para que eu não as aposente, o que deveria, tenho uma alma boa não dispensarei conclusões vagas assim de repente até porque são as únicas que não me abandonam nas horas de solidão.
meu gosto não é tropical,meu gosto não é modinha,meu gosto é píada,do meu gosto ninguém sabe, eu descubro.
estou arrasada, meus sorrisos, meus minutos de falar bobagem passam rápido, me comporto extremamente diferente perto das pessoas. Meus pólos vivem querendo apareçer, como sempre, disfarço.Um dos pólos é o que escreve aqui, é o que procura respostas, o exagerado, o dramatico, o narrador inútil e destrutivo.O outro é o que procura viver, respirar, transformar o pequeno teatrinho em fruto de inspiração ou em consolação,resumindo é o personagem principal que teima em ser apenas um coadjavante.

quinta-feira, 9 de abril de 2009



Porque será que tem horas que eu sinto tanto amor e outras tanto ódio?
Porque meus picos são tão marcantes?
Se eu pudesse guardar meu frio e emprestar quando estivesse com calor, se eu pudesse ter uma conta e ser milionaria de amor e ter saldo negativo de ódio.Nosso organismo tem reserva energetica mas nosso coração não mede, só jorra sentimentos desenfreados e bate descontroladamente quando o espanto nos invade.
Minhas constantes são précarias, meu inverso se move aos contrarios, meus versos não condizem verdade.Nunca venderei minha retórica mal despertada.
Se eu tivesse um banco e guardasse as cores do arco-íris eu garanto que reconstruiria meu céu inteiro, eu aceito os pedaços porque eu vi uma estrela cadente que não atendeu o meu pedido.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

sábado, 4 de abril de 2009

sou sustentada pelo espanto das reviravoltas dos meus monótonos dias.
fiz alguns pactos comigo mesmo que constestavam meus pés no chão, entretanto, enxerguei e vivi só impactos á partir do momento em que achei que talvez fosse forte, ou que conseguiria fingir bem.
a incapacidade me tocou quando desisti de alguns sonhos alagados, não sei voltar atrás porque já estou atrasada com meus sentimentos arremessados ao espaço.
minha visualização, o meu espaço estão todos ocultos, com cortinas entrelaçadas pretas e cinzas, refletindo péssimapaos momentos, houve um bloqueamento.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

sou o que nunca saberei, se soubesse não seria, se sou pode ser engano por não saber, se fosse não teria tantas dúvidas, algo eu sou.
me acostume, ou não me verá sem sintomas de anormalidade.
se tudo o que vivi serviu, viverei mais e se não servir?
existe hora certa, ou a hora, também é costume?
minha retórica é péssima, não sou capaz de me convencer: de nada, se for a questão.
convenções me cansam, assim como a cor do café, assim como...
Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. (...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo.

Clarice Lispector

quinta-feira, 2 de abril de 2009


Atalhos me atrasam, poucas palavras não me satisfazem.
Preciso dizer algo ou é melhor deixar as plantas mortas jogadas no canto do jardim?
No meu canteiro nada mais vive, nenhum fato mescla minha almejada felicidade,amanhã já foi quando ontem não teve.
As minhas nuvens de paixões derreteram e nem gotas restaram.Entretanto, o ar que respiro entra tão seco e forma uma barreira de agressividade que espanta minha atual taxa de ternura.
Meu ego tem sede de sintonia.
Os extremos me mostram que me equilibro só com muita subjetivade, já passou o tempo que palavras retas eram meu foco.
Sou tão insensata que meus sentimentos não fluem mas sinto vontade de entendê-los.